A Secretaria de Assistência Social de Santa Terezinha realizou, no início de abril, no Centro de Apoio ao Turista (CAT), em parceria com o 10º Comando Regional da Polícia Militar de Confresa, importante palestra sobre: violência doméstica e familiar e a atuação da Patrulha Maria da Penha, com o 3º sargento da PM, Mariano Neto de Souza.
O evento contou com a presença de bom público e também do comandante, Meireles, que atua no município. Durante a palestra, os presentes receberam orientações sobre como agir em caso de violência e foram informados sobre como a Patrulha Maria da Penha e os serviços de assistência social podem amparar as pessoas que sofrem agressões físicas e/ou psicológicas em casa.
Confira a entrevista realizada com o 3° sargento da Polícia Militar, Mariano Neto de Souza, e saiba como o 10º Comando Regional da Polícia Militar está atuando para combater a violência doméstica em nossa região.
Qual o objetivo da palestra realizada em Santa Terezinha?
O objetivo da palestra foi levar conhecimento a todo público referente a Lei Maria da Penha e seus principais pontos de proteção à mulher em situação de violência doméstica e familiar. Também teve como finalidade explicar sobre a atuação da Patrulha Maria da Penha no 10º Comando Regional.
O que é a Patrulha Maria da Penha e onde ela atua?
A Patrulha Maria da Penha tem o objetivo de fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas por parte dos agressores. Também fazemos o encaminhamento dessas mulheres que foram vítimas para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) que existem na região.
Fazemos ainda o encaminhamento das mulheres para o atendimento psicossocial, onde têm acesso a tudo que CRAS ou CREAS têm a oferecer para elas nesse momento de dificuldade. Elas são inclusas em programas do governo federal, estadual e do seu próprio município. Participam de oficinas, trabalhos em grupos ou individuais e também são atendidas por psicólogos. Tudo isso é oferecido pelas prefeituras municipais aqui da nossa região.
Como está o combate à violência contra a mulher na região hoje? Existem dados sobre o número de ocorrências?
Nós, enquanto Polícia Militar, estamos trabalhando na parte orientativa, preventiva e também repressiva, buscando resolver essas situações e prestando auxílio às mulheres que foram vítimas de violência doméstica. No mês de março, nós realizamos mais de 10 palestras aqui na região para mais de 500 pessoas.
Sobre dados estatísticos, muitas mulheres registram as ocorrências direto na Polícia Civil, então, não temos como mensurar todas. Mas de medidas protetivas, hoje, temos 16 mulheres sendo acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha.
Quais as recomendações da Polícia Militar às mulheres que sofrem violência doméstica e familiar?
Recomendamos às mulheres que sofrem violência doméstica que não se calem, que denunciem, que não vivam debaixo de um julgo desigual que, muitas vezes, o homem, submete à mulher, e que tenham coragem. Que busquem auxílio, apoio e saibam que podem contar com a Patrulha Maria da Penha, que está aí para apoiar as mulheres nesse momento tão difícil da vida delas.
Qual tem sido a atuação do 10º Comando Regional no combate a esse tipo de agressão?
Nossa política de prevenção parte de uma visão de comando do tenente-coronel, Rodrigues, e do tenente-coronel, Escolástico, que implementaram a Patrulha Maria da Penha no 10º Comando Regional.
Em Confresa, nós temos total apoio da prefeitura municipal, da Secretaria de Ação Social e do Conselho Comunitário de Segurança Pública. Da mesma forma, nos outros municípios, porque esse é um trabalho que a Patrulha Maria da Penha realiza em parceria com órgãos públicos e também com a rede privada para dar apoio a essas mulheres que sofrem violência.